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Suíço deve tirar a farda aos 30 anos

Ambicioso projeto suíço de reforma militar prevê que os suíços terminem suas obrigações militares aos 30 anos e não aos 42, prolongação da instrução de recutas de 4 a 6 meses e possibilidade de "serviço longo", dentro e fora do país.

Este conteúdo foi publicado em 23. dezembro 1999 minutos

A possibilidade de terminar as obrigações militares 12 anos antes do previsto atualmente, ou seja aos 30 anos e não aos 42 (e 45 para quadros do Exército) é uma das principais características da reforma que acaba de ser apresentada na Suíça pelo ministro da Defesa, Adolf Ogi. Esse projeto chamado "Exército XXI" agrada aos meios econômicos que encaram com menos simpatia que no passado os diferentes "cursos de repetição" (exercícios militares") que seus empregados realizam de 2 em 2 anos até que termine a idade de servir. A proposta é que esses cursos sejam reduzidos de 10 a 6.
Mas já a "escola de recruta" (que conhecemos simplesmente como serviço militar) deve ser esticada de 4 a 6 meses, sendo que a totalidade do serviço permanece de 10 meses ou 300 dias.
Outra novidade de peso é a opção de um "serviço longo", realizado de uma única vez. Nesse caso, após o período de formação básica de 6 meses, o soldado começa imediatamente uma missão de 4 meses no exterior (em regiões de crise como em Kosovo) ou em missão na própria Suíça.
Sondagem deste ano revela que 1 terço dos recrutas se interessa por essa modalidade de serviço militar.
Esse projeto que vai suscitar ainda muito debate deve ser aprovado pelo Parlamento e provavelmente também pelo povo. Estão em jogo não apenas a modificação da lei sobre o Exército como também uma proposta de redução à metade das despesas militares. Em todo o caso, em 2001 está prevista a criação de uma escola-piloto para colocar em prática o projeto que se baseia na constatação de uma acentuada mudança de conjuntura internacional desde a queda do Muro de Berlim, em 1989. Terminada a guerra fria o perigo maior vem de conflitos regionais em geral e do terrorismo em particular. Quanto ao envolvimento de militares suíços fora das fronteiras nacionais, o ministro da Defesa, Adolf Ogi, deixou claro que o país não vai aderir a OTAN, a aliança militar ocidental, ressaltando que a neutralidade helvética permanece inalienável.
Assinale-se que o exército suíço é um "exército de milicia" (cidadãos soldados rapidamente mobilizáveis graças justamente a frequentes períodos de instrução que como registramos dura atualmente até os 42 anos). Todo soldado tem sua moxila seu capacete e seu fuzil em casa. O fato de ter o fuzil em casa pode ser fatal quando há desentendimento matrimonial. Mas os "acidentes" são raros. (gb)


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