A polícia suíça poderá brevemente colaborar com a Europol, a polícia secreta européia. Os ministros da Justiça dos 15 países autorizaram a negociação de um acordo com a Suíça, que poderá inclusive ter um oficial de ligação com a Europol, em Haia.

A Suíça brevemente estará menos isolada no combate ao crime organizado. Os ministros da Justiça dos 15 países da União Européia autorizaram a Europol a negociar um acordo de cooperação com a Suíça. A negociação ainda não tem data prevista mas a polícia federal suíça poderá ter um oficial de ligação em Haia, na Holanda, sede da Europol, e ter acesso a todas as investigações da polícia européia.

A Europol foi criada em 1992 com o Tratato de Maastricht que aboliu as fronteiras entre os países da UE. Como o crime organizado também ia circular mais livremente, criou-se a polícia européia para atuar no combate ao tráfico de drogas, matérias radioativas, carros roubados, imigração clandestina, exploração de pessoas, pornografia infantil, lavagem de dinheiro e terrorismo. Até o final deste ano, a Europol terá 350 policiais e orçamento de 28 milhões de dólares.

Para a Suíça, esse acordo será importante. Até agora, a polícia suíça mantém contatos informais com as polícias dos países da UE mas sem base jurídica. Colabora também com a Interpol, a polícia internacional sediada em Lyon, França, mas aí a troca de informações é considerada lenta e complicada pelos especialistas.

Uma das dificuldades no futuro acordo com a Europol será a proteção de dados e da personalidade, cuja lei é considerada mais avançada na Suíça do que na UE.

swissinfo com agências.

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