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Suíça receia perder o Fórum

A volta a Davos está garantida apenas em 2003 Keystone

A alfinetada do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, defendendo manutenção do WEF na cidade (ir à Suíça só "para esquiar") desagradou às autoridades suíças, empenhadas em conservar Davos como sede do encontro.

Este conteúdo foi publicado em 05. fevereiro 2002 minutos

O prefeito de Nova York defendeu a realização do WEF na metrópole americana com uma alfinetada : "É aqui que devem vir. Devemos ir à Suíça para esquiar". Michael Bloomberg tornou-se uma espécie de porta-voz dos defensores da "mais formidável cidade do mundo", como sede futura do encontro anual.

A réplica veio logo : o ministro suíço da Economia, Pascal Couchepin, argumentou que "na Suíça as pessoas são capazes de esquiar e de trabalhar, é talvez uma vantagem".

Êxito

A realização do Fórum, sem incidentes graves, em Nova York não deixou, porém, de impressionar vários participantes. Os protestos aconteceram e a polícia - numerosa e dissuasiva - respeitou a liberdade de expressão, mesmo efetuando dezenas de detenções.

A esse respeito, o empresário suíço, André Kudelski (fabricante do gravador Nagra) observa : "A questão é saber se podemos fazer a mesma coisa na Suíça (...) preservar a liberdade de expressão e evitar saques".

O ministro suíço das Relações Exteriores, Joseph Deiss, acha que sim, quando afirma : "Ano que vem poderemos aplicar um dispositivo que funcione".

"circo itinerante"

"O Fórum de Davos não deve se tornar uma espécie de circo itinerante", reage Peter Brabeck, patrão da Nestlé, em entrevista ao jornal Le Temps, de Genebra, realçando que o WEF precisa ter raízes e voltar a Davos, nos Alpes Suíços.

Resta que não se exclui que o Fórum realize escala em outros países, esporadicamente. Participante do encontro em Nova York, Peter Brey, secretário geral de Terre des Hommes (organização que defende a criança sofrida) propõe que o WEF se realize num país do Sul "para que as pessoas vejam a realidade".

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