Suíça mantém neutralidade na Colômbia
Questionada pelas FARC, mais importante movimento de guerrilha na Colômbia, a Suíça confirma sua neutralidade e que não considera os rebeldes marxistas como terroristas.
Para a Suíça, as Farc não são um movimento terrorista. No início da semana, a embaixada suíça em Bogotá e várias secretarias de Estado, em Berna, receberam uma carta aberta das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), pedindo que não fossem consideradas como terroristas.
Países facilitadores
A recepção da carta foi confirmada, quinta-feira, 16.5, pela porta-voz do Ministério suíço das Relações Exteriores, Daniela Stoffel. Ele reiterou que a Suíça não faz listas de organizações terroristas e adere apenas às sansões adotadas na ONU.
A Suíça faz parte do grupo de 10 países facilitadores do processo de paz na Colômbia e participou das negociações até a ruptura entre as Farc e o governo colombiano, em 20 de fevereiro.
Posição da UE pode mudar
A carta em que as Farc sublinham a vontade de encontrar uma solução política para a Colômbia também foi endereçada aos países da União Européia. Tem a ver com a cúpula América Latina-UE, que começa sexta-feira, 16, em Madri.
No início deste mês, a UE incluiu os paramilitares das Forças Unidas de Autodefesa da Colômbia (AUC) na lista de organizações terroristas, o que irritou o presidente colombiano Andres Pastrana. Na cúpula de Madri, a UE também poderá incluir as FARC, como já fizeram os Estados Unidos.
Como membro do grupo de países facilitadores, a Suíça deve permanecer neutra, insiste o Ministério das Relações Exteriores, em Berna.
swissinfo com agências

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