Estresse e bebedeira dominam jovens suíços
Os jovens na Suíça estão geralmente satisfeitos com suas vidas. No entanto, seus hábitos mudaram nos últimos dez anos: fumam menos, preferem os partidos de esquerda e são menos homofóbicos e racistas. Por outro lado, eles bebem mais e praticam menos esporte.
O "Young Adult Survey SwitzerlandLink externo", que foi realizado entre 100.000 jovens de 19 anos entre 2010 e 2019, foi publicado na quinta-feira. É a primeira vez que se observam tendências nesta faixa etária durante um período de dez anos.
Os autores do estudo disseram que o quadro "bem favorável" que emerge desta década é o de jovens adultos que são, em sua maioria, responsáveis e estão geralmente satisfeitos com suas vidas.
Três quartos dos jovens em 2019 disseram estar satisfeitos, um número que se manteve estável durante a década.
Contudo, a proporção de jovens adultos com pensamentos suicidas aumentou. A proporção de rapazes que pensavam em suicídio quase duplicou de 11% (em 2014/15) para 20% (em 2018/19). Os fatores de risco para o estresse psicológico são as interrupções na formação, bem como um baixo nível dela. Assim, a formação está correlacionada com a satisfação de vida dos jovens adultos.
Menos de 20% dos fumantes
Embora a taxa de satisfação tenha permanecido estável, os hábitos dos jovens mudaram significativamente. Isto é particularmente verdade no caso do tabagismo: em 2019, 17% dos jovens fumavam, em comparação com 25% dez anos antes.
Por outro lado, houve um aumento na proporção de jovens que dizem beber em excesso. Em 2009, 10% disseram que por vezes consumiram cinco copos de álcool na mesma ocasião; em 2019, este valor tinha subido para 17%.
Ao mesmo tempo, o número de jovens que praticam esportes caiu de 84% para 74%.
A proporção de jovens à esquerda do espectro político subiu 6% para 34%. Além disso, há mais jovens no centro: 42% em comparação com os 36% anteriores.
Menos jovens se consideram xenófobos ou homofóbicos. As proporções dos que têm opiniões xenófobas ou homofóbicas caíram cerca de 16 e 14 pontos percentuais, respectivamente. Em 2019, 29% se consideravam "um tanto xenófobos" e 15% "um tanto homofóbicos".

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