Italiano tem cidadania negada depois de 30 anos de residência
Um italiano que vive na Suíça há 30 anos não teve um processo justo por parte das autoridades locais para obter a cidadania suíça, decidiu o Tribunal Federal.
O homem foi rejeitado por falta de integração social e porque seu conhecimento geográfico e cultural era considerado insuficiente. Mas o tribunal disse que muita ênfase foi colocada nesses critérios e que algumas das perguntas feitas eram muito específicas.
Por exemplo, ele não sabia que ursos e lobos são mantidos no mesmo recinto no zoológico local.
As autoridades de Arth, no cantão central de Schwyz, deveriam ter sido mais equilibradas, levando em consideração que o candidato administra uma pequena empresa há vários anos, tendo contato frequente com os moradores locais, de acordo com a decisão publicada na segunda-feira.
O tribunal ouviu do candidato que a entrevista de naturalização foi realizada de maneira tensa e que os entrevistadores demonstraram certa hostilidade.
Os estrangeiros sem vínculos diretos de sangue com a Suíça, por nascimento ou casamento, devem morar no país por pelo menos dez anos antes de poderem solicitar a cidadania. Os candidatos podem ser negados se tiverem antecedentes criminais.
Nesse caso em particular, o candidato foi acusado de não haver declarado uma propriedade italiana em suas declarações fiscais, mas o promotor público decidiu não levá-lo a tribunal.

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