O Senado suíço aprovou por unanimidade que a Confederação Helvética deve financiar "pelo menos 50%" do orçamento de swissinfo.

Mas ainda há uma pequena divergência com a Câmara dos Deputados, que havia votado uma participação federal de "50%" no orçamento.

Durante os debates da nova lei Rádio/TV, o Senado suíço (Conselho de Estados) aprovou por unanimidade, quarta-feira, em favor de swissinfo, portal de informações destinados aos suíços do estrangeiro e aos estrangeiros que se interessam pela suíça.

Os senadores querem que a Confederação participe com "pelo menos 50%" no orçamento de swissinfo. A outra parte, como sempre foi o caso, é garantida pela Sociedade Suíça de Rádio e Televisão (SSR-SRG idée suisse), da qual swissinfo é uma das unidades.

"É um belo presente de Natal, afirma Rudolf Wider, diretor da Organização dos Suíços do Estrangeiro (OSE). A decisão é muito importante para os mais de 600 mil cidadãos helvéticos que vivem no estrangeiro e representam um décimo da população suíça".

Resta uma divergência

Quarta-feira, o Senado foi além da proposta da Câmara dos Deputados (Conselho Nacional). Em outubro, os deputados haviam decidido pelo teto de 50% de verbas federais no orçamento de swissinfo. Os senadores aprovaram um texto que afirma "pelo menos 50%".

Por isso, o debate sobre o futuro de swissinfo ainda não terminou. Uma coisa é certa, segundo Rudolf Wider, "as duas câmaras do Parlamento querem manter um site informativo para o estrangeiro, o que é importante para os expatriados mas também para a imagem da Suíça no mundo".

Em princípio, a Câmara dos Deputados vai rever essa divergência ainda na atual sessão parlamentar de inverno. Se Senado e Câmara não chegarem a um acordo, uma comissão de conciliação deverá decidir.

A moção Lombardi

A Câmara dos Deputados deverá também se pronunciar dia 14 de dezembro sobre a moção Lombardi pela "manutenção de swissinfo". O Senado já adotou-a em 9 de junho passado, mesmo se o governo era contra.

Depositada em 18 de março pelo senador Filippo Lombardi, a moção pede que a SSR se comprometa a garantir a produção jornalística destinada ao estrangeiro. A moção reagia ao projeto da direção da SSR de desmantelar swissinfo, reduzindo o portal em nove línguas a apenas um site em inglês.

O plano de reestruturação pretendia manter uma redação em inglês com sete jornalistas e três redatores (um em alemão, um em francês e um em italiano) para informar os suíços do estrangeiro em três das quatro línguas nacionais.

Todas as outras redações - em árabe, chinês, português, espanhol e japonês - seriam fechadas. Esse plano foi anunciado em março de 2005. Hoje, o futuro de swissinfo parece menos sombrio ...

"Acho que valia a pena lutar, passo a passo, sem jamais abandonar", conclui o senador Peter Briner, do Partido Radical Democrático (PRD).

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