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Gestor de fundo de investimento suíço libertado de prisão angolana

O fundo soberano de Angola administra a enorme fortuna proveniente do petróleo. Keystone / Bruce Stanley

Jean-Claude Bastos, gestor suíço-angolano do fundo de investimento Quantum Global, com sede em Zug, foi libertado da prisão após chegar a um acordo com o fundo soberano angolano. Ele era suspeito de peculato.

Este conteúdo foi publicado em 25. março 2019 - 11:22

O acordo confidencialLink externo foi anunciado na sexta-feira pela empresa, que afirmou que as autoridades angolanas decidiram retirar as acusações criminais contra Bastos.

Imagem divulgada pelo próprio Jean-Claude Bastos, exibindo orgulhosamente seus dois passaportes (suíço e angolano) após sua saída da prisão, com retrato do atual presidente de Angola, João Lourenço, ao fundo. Jean Claude Basstos

"O acordo de pagamento segue o sucesso nos tribunais nos últimos meses na Suíça e no Reino Unido, onde a Suprema Corte inglesa indeferiu a Decisão de Congelamento Mundial contra a Quantum Global e o Sr. Bastos, e autorizou que essas partes pudessem buscar indenização", anunciou um memorando da empresa na sexta-feira.

Bastos foi apontado nas revelações dos chamados "Paradise Papers" e até recentemente gerenciava o fundo soberano angolano. O seu patrão, José Filomeno dos Santos, ex-dirigente do fundo soberano angolano e filho do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, foi também preso na mesma ocasião que Bastos, mas segue detido. Dos Santos foi definitivamente demitido de seu cargo em janeiro passado pelo novo presidente de Angola, João Lourenço.

Acusação de apropriação indébita

De acordo com o Ministério das Finanças angolano, dos Santos era suspeito de ter engendrado, enquanto administrava o Fundo Soberano de Angola, uma fraude que poderia ter permitido que ele e seus cúmplices desviassem até US$ 1,5 bilhão (CHF 1,4 bilhões).

Esse golpe permitiria que Angola se beneficiasse com US$ 35 bilhões em financiamento, com uma falsa garantia do banco Credit Suisse, dizem os relatórios. A fraude foi descoberta por meio de uma transferência suspeita de US$ 500 milhões para a conta de Londres do Credit Suisse, bloqueada pelas autoridades britânicas.

A Procuradoria-Geral da Suíça anunciou em maio último que havia aberto uma investigação sobre "lavagem de dinheiro" vinculada a ativos mantidos pelo Banco Nacional de Angola e pelo Fundo Soberano angolano. Várias buscas foram encomendadas, incluindo nos escritórios de Bastos na Suíça.



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