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Proposta de reforma total dos serviços secretos

Desmilitarizar e profissionalizar o serviço suíço de espionagem. É o que propõe Comissão especial, chefiada pelo ex-embaixador Edouard Brunner (foto), em estudo encomendado pelo Departamento suíço da Defesa.

Este conteúdo foi publicado em 18. fevereiro 2000 minutos

A Comissão de 9 membros, criada depois do chamado escândalo Bellasi ( nome de ex-contabilista que teria desviado 9 milhões de frncos - US$ 5,5 milhões – escândalo ocorrido em agosto) lembra que a Suíça, como qualquer outro país, tem interesses a defender. Deve por ex. precaver-se de ameaças terroristas, mafiosas ou de catástrofes ecológicas. E deduz logicamente que esse trabalho para ser realmente eficaz deve ser realizado por profissionais.

Nesse sentido sugere supressão dos informantes. Segundo indiscreções da imprensa, haveria 500 dedos-duros, que exerceriam a espionagem como “hobby”.
(Proposta que já foi criticada porque sem esses dedos-duros seria difícil levantar informações).

Estima também que os serviços secretos deveriam responder diretamente ao Departamento (ministério) da Defesa, devendo em conseqüência ser liberados da tutela do Estado Maior do Exército. Em outros termos, propõe que sejam desmilitarizados, tornando-se um serviço civil.

Outra sugestão considerada importante é que se crie a função de “coordenador da informação” que preste contas diretamente ao governo. E insiste que essa função deva ser em princípio por longo período e não em forma de rodízio, como propõe o governo suíço.

A chamada Comissão Brunner dá muita importância ao cargo de adido militar que tem por função coletar informações de interesse para a Suíça. Estima que essa função devia ser entregue a pessoas mais jovens, criticando assim indiretamente a prática que consiste em colocar no posto funcionários em fim de carreira.
Realça por outro lado que o grau que ocupa uma pessoa não deveria servir de referência para subir de cargo.

Por fim, a Comissão acha que deva haver maior controle do Parlamento sobre os serviços secretos. Esse controle deveria ser confiado a uma comissão de informação que se “beneficiasse de poderes necessários”. (gb)




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