Privatização da eletricidade será progressiva
O mercado da eletriciade suíça deve ser totalmente aberto à concorrência em 2008. Até lá, segundo proposta da Câmara haveria duas etapas de 3 anos beneficiando grandes e médios consumidores. O cidadão pagaria taxa sobre energia não renovável.
Em relação à União Européia, a Suíça registra atraso na liberalização do mercado da eletricidade. A tentativa agora é diminuir esse atraso mas sem precipitação, segundo propõe a Câmara dos Deputados. O receio, segundo realçou o ministro da Economia, Moritz Leuenberger é que uma abertura mais acelerada dê prejuízos as empresas fornecedoras, geralmente públicas.
(Vale lembrar que a produção de energia de origem hidráulica que representa 60 por cento do consumo na Suíça - o restante sendo de origem nuclear - exige grandes investimentos que precisam ser rentabilizados).
A proposta debatida nesta semana é que durante 3 anos após entrada em vigor da lei, só as empresas - cerca de 100 - que consomem mais de 20 gigawatt-hora possam comprar a eletricidade onde quiserem. Nos 3 anos seguintes a exigência seria reduzida a 10 gigawatt-hora, beneficiando médias empresas.
A liberalização total ocorreria em 2008, quando então o simples cidadão poderia optar pelo fornecedor de energia elétrica. Mas teria que pagar uma taxa de 0,30 centavos de franco (18 centavos de dólar) por quilowatt-hora sobre energias não renováveis (como a gasolina). O risco é que a eletricidade lhe custe mais caro que atualmente.
Mas o suíço ainda paga a eletriciade relativamente barata em comparação com outros países europeus. O kWh no país custa 10 centavos de franco, cerca de 6 centavos de dólar. E especialistas acham que, sob pressão da concorrência, dentro de um ano o preço vá cair para 2,4 ou mesmo 1,8 de dolar.
O Senado debate a questão das etapas da liberalização só no mês de junho.
Vale lembrar que a Suíça, menor que o Rio de Janeiro, tem cerca de 1200 empresas produtoras de eletriciade. Quase todas públicas e apenas sete não são regionais.
swissinfo com agências.

Em conformidade com os padrões da JTI
Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Os comentários do artigo foram desativados. Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch