Navigation

Prescrição médica de heroína dá bons resultados

Tóxicodependentes que seguem programa oficial diminuem contato com o meio da droga Keystone

Após um ano e meio de aplicação, o programa de distribuição de heroína a toxicodependentes tem um balanço positivo, segundo a Divisão Federal de seguros sociais (OFAS). A saúde dessas pessoas melhora e, pouco a pouco, elas voltam a trabalhar.

Este conteúdo foi publicado em 15. setembro 2000 minutos

A prescrição médica de heroína a toxidependentes tornou-se um tratamento legal e reconhecido na Suíça. Apesar de criticado pelo órgão competente da ONU nessa matéria, o programa de distribuição de heroína sob estrito controle médico está dando bons resultados e será pago pelos seguros de saúde a partir de janeiro próximo.

O balanço de um ano de meio da experiência foi feito em Berna pela Divisão Federal de Saúde Pública (OFSP) e pela Divisão Federal de Seguros Sociais (OFAS), dois órgãos do governo.

Existem aproximadamente 30 mil pessoas dependentes drogas pesadas na Suíça e o programa de distribuição de heroína sob prescrição médica tem mil pessoas inscritas. 65 p/cento dos participantes tiveram melhoras sensíveis de seu estado de saúde e a maioria reduziu os contatos com o meio da droga. No início do programa, 70 p/cento dessas pessoas exerciam atividades ilegais. No final do ano passado, eram apenas 10 p/cento, afirma o estudo apresentado em Berna.

"Os efeitos positivos da prescrição médica de heroína são provados cientificamente", afirmou o vice-diretor da Saúde Pública, Ueli Locher. Para participar, o toxicodependente tem de ter tentado anteriormente outras formas de tratamento. O controle médico é permanente e a heroína tem de ser injetada em locais especiais, em presença do médico.

A partir de janeiro próximo, o programa será pago pelos seguros de saúde mas isso não acarretará aumento das mensalidades, segundo o vice-diretor da OFAS, Fritz Britt. Ele explicou que os custos adicionais do programa não são significativos para provocar um aumento geral de tarifas.

Com mil participantes em todo o país (18 mil francos suíços cada um) o custo total é de 18 milhões por ano. Mesmo assim, nos cálculos do OFAS, o programa fica 45 francos por dia, por pessoa, mais barato que se não houvesse programa nenhum. A comparação é feita com custos tramentos médicos, remédios, despesas de justiça e prisão, caso essas pessoas continuassem vivendo como antes.

swissinfo com agências.

Em conformidade com os padrões da JTI

Em conformidade com os padrões da JTI

Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch

Os comentários do artigo foram desativados. Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!

Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch

Partilhar este artigo

Modificar sua senha

Você quer realmente deletar seu perfil?