Posição da Suíça na OMC é duramente criticada
Organizações humanitárias, sindicatos, associações de consumidores e de agricultores formam uma frente contra a posição do governo na Organização Mundial do Comércio. Eles acusam o governo de defender unicamente a posição das grandes empresas.
"Como a União Européia e outros países ocidentais, nosso país tem os mesmos objetivos que levaram ao naufrágio de Seattle". A opinião é de um dos membros da Coordenação Suíça-OMC, uma espécie de frente política formada por organizações humanitárias, sindicatos, associações de consumidores e de agricultores para que "as lições de Seattle" sejam levadas em consideração nas próximas negociações da OMC.
Em coletiva de imprensa em Berna, quinta-feira, a Coordenação considerou que a posição oficial da Suíça na OMC defende "exageradamente" os interesses das grandes empresas multinacionais e pede que sejam incluídas "soluções humanamente viáveis".
As críticas são especialmente dirigidas à Secretaria de Estado da Economia (Seco), favorável à retomada das negociações na OMC pela liberalização dos mercados. Para a Coordenação o objetivo da posição oficial é de abertura dos "mercados emergentes e suas minorias de forte poder aquisitivo" para atender os "interesses das empresas multinacionais".
A Coordenação Suíça-OMC definiu suas posições nas negociações da OMC: é claramente contra o desmantelamento dos serviços públicos, principalmente nas áreas de Saúde e Educação.
Exige a proibição dos brevês sobre matérias vivas (humano, animal, vegetal e micro-organismos), nos acordos sobre propriedade intelectual (TRIPS).
Na agricultura, exige também que a o princípio da segurança alimentar nos países em desenvolvimento prevaleça sobre o prinícipio do livre comércio preconizado na OMC.
swissinfo com agências-

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