Senado suíço quer fortalecer audiovisual público
O serviço de rádio e televisão pública da Suíça (SRG SSR) sofre pressão de editores e políticos de direita que atacam seu status de monopólio. Para o governo do país, uma mídia pública forte garante uma melhor informação dos cidadãos e mais confiança nas instituições.
- Deutsch Kleine Kammer für starken Service public (original)
- Español El Senado defiende un servicio público fuerte
- 中文 瑞士议会联邦院力挺公共服务机构
- Français Les sénateurs veulent un service public fort
- عربي أعضاء مجلس الشيوخ السويسري يُؤيدون خدمة إعلامية عمومية قوية
- English Senate supports public service media
- Pусский Совет кантонов Швейцарии поддерживает SRG
- 日本語 スイス公共放送サービスの今後 連邦議会で議論
- Italiano La Camera dei Cantoni vuole un servizio pubblico forte
Em junho, o governo publicou um relatório sobre o serviço público audiovisual, criticado por vários parlamentares. Segunda-feira, no entanto, os senadores manifestaram seu apoio ao governo.
Em suma, o governo suíço pretende manter o modelo existente, que considera garantir um trabalho jornalístico de alta qualidade. Mas o relatório não chegou ao Conselho dos Estados (Senado) sem críticas.
Pouco inovador e muito pouco focado no futuro, disseram Hannes Germann e Werner Hösli. Os senadores do Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão) acreditam que o relatório não fornece respostas às mudanças tecnológicas. Na era da digitalização, não seria possível confiar apenas em uma mídia financiada por uma taxa de audiovisual que a impede qualquer pressão financeira e permite que ela prevaleça sobre seus concorrentes, argumentou Werner Hösli.
Os dois senadores solicitaram que o relatório fosse mandado de volta ao governo para ser reformulado, mas essa oposição foi claramente descartada pela maioria dos senadores suíço, que preferiram apoiar os argumentos da ministra das Comunicações, Doris Leuthard.
Para Leuthard, o modelo atual mostrou sua eficiência na Suíça, país caracterizado por diferenças culturais e linguísticas.
"Observamos vários modelos na Europa. A maioria tem apenas um idioma. Nós somos multilinguistas e temos uma democracia direta com vários plebiscitos e referendos. Para nós, a independência é um elemento importante", disse a ministra, referindo-se aos países onde a política intervém mais ou menos na mídia. Segundo ela, um fornecedor de serviço público deve ser independente, o que não é necessariamente o caso para os prestadores privados.
"Estudos científicos mostram que um serviço público forte garante uma melhor informação dos cidadãos e mais confiança nas instituições", argumentou ainda.

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