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Maioria rejeita iniciativa de limitação à imigração

© Keystone / Walter Bieri

Cinco propostas votadas de uma só vez. O projeto da direita de rescindir os acordos relativos à livre circulação de mão-de-obra foi rejeitado. Mas o eleitor disse "sim" à licença-paternidade e aos novos jatos de combate para a Força Aérea. A participação do eleitorado foi a maior dos últimos tempos. 

Este conteúdo foi publicado em 27. setembro 2020 - 17:41

O voto foi claro: "não" ao fim dos acordos de livre-circulação firmados com a União Europeia (UE), à redução de impostos para famílias e à revisão da Lei de caça. Já a licença-paternidade de dez dias passou no teste das urnas e também à compra de aviões militares (por uma maioria apertada). 

Dos 5,4 milhões de habitantes com direito a voto, 58% participaram dos plebiscitos, uma taxa recorde desde 2016.

Livre-circulação continua

A imigração é uma questão recorrente e controversa na política suíça, em particular ao se tratar dos acordos firmados com a União Europeia para regular a livre-circulação de trabalhadores, em vigor em 2002.

iniciativa popular (proposta de artigo constitucional levado à plebiscito depois do recolhimento de um número mínimo de assinaturas) lançada pelo Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em alemão) pedia a rescisão do acordo. Seu objetivo era diminuir à imigração para a Suíça. 

Resultado: 61,7% dos eleitores que votaram - e uma maioria dos cantões - disseram "não" à proposta. 

Novos aviões para a Força Aérea

O governo quer renovar a frota de caças da Força Aérea Suíça. O pedido foi aprovado pela maioria no Parlamento federal. O custo para a compra das aeronaves está orçada em seis bilhões de francos (pouco mais de seis bilhões de dólares). Os opositores do projeto lançaram um referendo.

Resultado: maioria apertada (50,1%) aprovou o pedido de compra.

Duas semanas para os pais

A proposta lançada em plebiscito pedia a introdução de uma licença-paternidade de duas semanas. Os opositores consideravam que ela aumentaria as despesas dos cofres públicos e lançaram o referendo. 

Resultado: 60,3% dos eleitores aprovaram a proposta. 

Redução de impostos para famílias

Os eleitores também votaram sobre um projeto que pedia redução de impostos para famílias. No Parlamento, a maioria conservadora apoiou o projeto apresentado pelo governo, argumentando que o desconto beneficiaria famílias que cuidam dos próprios filhos e, sobretudo, a classe média. Já a esquerda votou contra o projeto e lançou o referendo. Razão: seus representantes acreditam que o projeto de lei só beneficiaria os ricos. 

Resultado:  63,2% dos eleitores rejeitaram a redução de impostos.

Lobos a salvo

As urnas determinaram também o projeto de revisão da Lei da caça. Ela regula, dentre outros, as condições para a caça de lobos, animais que voltaram a ocupar os espaços naturais na Suíça. 

Resultado: uma maioria apertada de 51,9% dos eleitores disseram "não" à revisão da Lei.

E você, qual a sua opinião sobre as propostas colocadas em plebiscito? Como votaria? Existem projetos semelhantes nos seus países? 


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