Suíça italiana de volta ao governo
O parlamento suíço elegeu o suíço italiano Ignazio Cassis, de 56 anos, para o gabinete de sete ministros que forma o executivo do país, também conhecido como Conselho Federal. Ele ganhou 125 dos 246 votos da segunda rodada da votação para substituir o suíço francês Didier Burkhalter no governo.
Cassis, que já era dado por favorito, venceu seus rivais de partido, Isabelle Moret e Pierre Maudet, todos dois da Suíça francesa.
Ele é o primeiro ministro do cantão do Ticino, de língua italiana, neste século. O último representante do Ticino a ocupar o cargo foi Flavio Cotti, que saiu do governo em 1999. Cassis substitui o ministro das Relações Exteriores Didier Burkhalter, que renunciou em junho por motivos pessoais.
No entanto, como recém-chegado, é improvável que Cassis escolha sua pasta no governo. A nova distribuição de ministérios deve ser decidida ainda esta semana.
Cassis é de Sessa, uma pequena cidade perto de Lugano, que fica perto da fronteira italiana. Médico de profissão, Cassis entrou tarde na política, tornando-se membro do governo local de Montagnola aos 46 anos. Em 2007, foi eleito para a Câmara dos Deputados como candidato do Partido Radical, de centro-direita, depois de uma tentativa anterior malsucedida em 2003.
Respeito
Em seu discurso de aceitação em italiano, alemão e francês, Cassis prometeu respeitar o consenso que gere as decisões do Conselho Federal, esse, por sua vez, formado segundo uma “fórmula mágica”:
Apesar de ter sido o favorito, Cassis não escapou ileso durante sua campanha. Sua associação com a seguradora de saúde Curafutura - ele é membro do conselho de direção - foi vista por alguns como tendo o potencial de afetar a tomada de decisões.
Suas opiniões na mídia sobre a legalização das drogas, incluindo a cocaína, também levantaram as sobrancelhas. E sua dupla nacionalidade também causou problemas, pois ele possui a cidadania suíça e italiana. No entanto, ele anunciou no mês passado que planeja abdicar da nacionalidade italiana, herdada de seu pai, embora ele não tenha nenhuma obrigação legal com relação a isso.

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