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Energia nuclear continuará ativa na Suíça

Logo após o acidente nuclear de Fukushima, o governo suíço surpreendeu ao anunciar desistir da energia atômica. Mas a implementação da decisão vai ter que esperar: a câmara dos deputados recusou na quarta-feira qualquer limitação na duração das usinas do país. A usina de Mühleberg será, assim, a única a fechar suas portas.

Este conteúdo foi publicado em 03. março 2016 minutos
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O reator da usina de Mühleberg durante obras de revisão, em 2010. Keystone

Concordando com a opinião já expressa por seus colegas senadores, os deputados suíços recusaram na quarta-feira 2 de março, por 131 votos contra 64, definir um limite de vida útil para as centrais nucleares atualmente em funcionamento no país.

A maioria de direita da Câmara Baixa estimou desnecessário o fechamento prematuro de instalações consideradas seguras e ainda em funcionamento. Além disso, a decisão evita o risco dos operadores reivindicarem alguma indenização por desativação prematura.

Fim de Mühleberg

No entanto, o destino já está selado para uma das cinco usinas do país. BKW, empresa de energia do cantão de Berna, anunciou na quarta-feira que desativará sua usina de Mühleberg no dia 20 de dezembro de 2019.

Em um comunicado, a empresa diz que inicialmente irá remover todo o combustível nuclear e armazená-lo na piscina de desativação de combustível irradiado, o que deve durar cerca de nove meses. O desmantelamento final poderá começar em setembro de 2020.

Inaugurada em finais de 1972, a usina de Mühleberg é a segunda mais antiga do mundo ainda em funcionamento. A primeira, Betzau I, inaugurada em 1969 também é suíça e está localizada no cantão da Argóvia (centro).

Por causa de microfissuras no envelope do coração da usina, Mühleberg tem sido objeto de forte oposição há anos.

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