Pesquisadores do câncer reuniram-se na Suíça
300 cientistas do mundo inteiro, inclusive do Brasil, participaram da 4a Conferência internacional organizada pelo Instituto Suíço para a Pesquisa Experimental do Câncer (ISREC).
O tema, este ano, foi a biologia celular e molecular do câncer.
De dois em dois anos, os pesquisadores que se dedicam ao estudo das causas e das formas de tratamento do câncer se reunem em Lausanne, região oeste, na conferência internacional organizada pelo Instituto Suíço para a Pesquisa Experimental do Câncer (ISREC).
Na Suíça, 15 mil pessoas por ano morrem de câncer.
Interação entre células
Este ano o tema da conferência foi biologia celular e molecular do câncer, "com o objetivo de estabelecer um elo entre o ciclo celular, especialidade do ISREC, e o câncer", segundo o Richard Iggo, pesquisador no ISREC e membro do comitê de organização do simpósio.
Uma das áreas atuais de pesquisa visa conhecer melhor a interação entre as células para tentar detectar os processos defeituosos. "Mesmo as células tumorais precisam de sangue e de oxigênio e utilizam as células sadias para criar canais de alimentação", afirma Iggo.
A vantagem é que esses processos defeituosos são pouco numerosos, pelo menos a nível fundamental, e podem levar a novas perspectivas terapeuticas, mais precisas do que os tratamentos atuais que visam destruir ou neutralizar os tumores mas enfraquecem também o sistema imunitário.
Neutralizar proteínas
Com os progressos obtidos na genética, os pesquisadores tentam identificar as proteínas que agem sobre os genes e que provocam, às vezes, divisões celulares anormais e tumores. A idéia é conter a ação das proteínas que criam tumores.
Na fase atual, as pesquisas são feitas com organismos mais simples genéticamente, com cerca de 5 ou 6 mil genes, mais fáceis de observar. O homem tem 40 mil genes.
Em comunicado divulgado ao final da Conferência, o ISREC afirma "que as dicussões e a troca de informações foi de um nível excepcional e que os participantes demonstraram que se conhece cada vez melhor os mecanismos do câncer e os meios de lutar contra essa doença de múltiplas facetas".
swissinfo, Claudinê Gonçalves, em Lausanne

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