Dois meses depois de autorizada, a pílula abortiva RU 486 começa a ser usada na Suíça. Ela não está a venda nas farmácias e só pode ser tomada em clínicas e hospitais, sob estrito controle médico. Outros 11 países europeus também a autorizaram.

Cerca de 12 mil mulheres por ano abortam atualmente na Suíça. São cerca de 5 mil a menos que nos anos 60. Mas somente 10 a 30 p/cento delas utilizarão a pílula abortiva, segundo os especialistas, devido o curto prazo em que ela é autorizada, ou seja, nos primeiros 49 dias da gravidez.

"A pílula suscita interesse e as pessoas se informam" afirma o Dr. Patrik Hohlfeld, chefe do serviço de obstetricia do Hospital Universitário de Lausanne (CHUV). Ele explica que ela já foi usada em alguns casos mas que ainda é muito cedo para fazer uma avaliação. Até agora, hospitais e clínicas encomendaram cerca de 500 pílulas ao laboratório, o que não quer dizem que todas foram usadas.

Dois incovenientes citados pelos especialistas são a margem de erro de 3 a 5 p/cento e a contra-indicação para mulheres fumantes.

A regulamentação do aborto é estadual na Suíça e alguns estados são mais liberais como Genebra, Vaud, Berna, Basiléia, Zurique, Neuchâtel e Jura.

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