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Omega faz a cronometragem das Olimpíadas

O painel oficial já diz tudo.

O famoso fabricante de relógios Omega, da Suíça, não mediu esforços para assumir seu papel de cronometrista oficial dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Este conteúdo foi publicado em 17. agosto 2008

Não falta de tecnologia de ponta e de sistemas de apoio para garantir a exatidão da cronometragem para milhares de organizadores e atletas, bem como milhões de telespectadores.

Entre as melhorias que surgiram a partir dos Jogos Olímpicos de Atenas destacam-se as câmeras de alta velocidade, que podem gravar 2.000 imagens por segundo, e o novo sistema de cronometragem, registrando o tempo dos atletas e se um deles queimar a largada.

Supervisionada pela Omega opera Swiss Timing, uma pequena empresa que também faz parte do Grupo Swatch.

O grupo suíço despachou 420 toneladas de equipamentos para as diferentes praças esportivas das Olimpíadas, bem como 450 técnicos e engenheiros, além de mil bem treinados voluntários.

"Nosso papel em Pequim é, antes de mais nada, medir o desempenho dos atletas, fornecer resultados, classificação e pontuação, liberando essas informações para todos", disse o diretor executivo da Swiss Timing, Christophe Berthaud, à swissinfo.

Isto significa distribuir resultados para os atletas, juízes e ao público em geral através dos painéis, e na forma impressa, para comentaristas, além das agências de notícias, redes de televisão e Internet.

Força do computador

"É claro que cada vez mais usamos a potência do computador para fornecer resultados. Mas também medimos as performances dos atletas com maior precisão, acompanhando muito melhor o que vai acontecendo", disse ele.
Por exemplo, nas provas de remo usamos tecnologia baseada no GPS (Global Positioning System).

"Isto quer dizer que medimos a posição de cada barco cinco vezes por segundo, de modo que, permanentemente, sabemos o ponto onde os remadores estão posicionados na água", explicou Berthaud.

"Baseados nesses dados, podemos determinar a velocidade de cada barco e o número de remadas por segundo. Podemos, também, medir a distância entre os barcos".
Outra novidade é uma versão atualizada da câmera de fotochart, introduzida nos Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Albertville, em 1992.

Pixels e precisão

Os equipamentos de última geração gravam um pouco mais que 2.000 imagens por segundo e fornecem fotos coloridas, caracterizadas por maior número de pontos e nitidez.

Isto permite que os árbitros tenham definição mais precisa para afirmar, com segurança, quem venceu a corrida e quem chegou em segundo e terceiro lugares.
Do lado helvético, um enorme público estará acompanhando a maratona, particularmente, porque contará com a participação do suíço Viktor Röthlin, vencedor da maratona de Tóquio, em 2008.

A maratona, que será realizada no dia 24 de agosto – data de encerramento dos Jogos Olímpicos – começará na Praça Tiananmen, de Pequim, e terminará no novo estádio nacional, Ninho de Pássaro, projetado pelos arquitetos suíços, Jacques Herzog e Pierre de Meuron.

A Omega cronometrará a maratona, a cada cinco quilômetros, na metade dos 42 quilômetros, além de nove pontos intermediários. Nessas marcações, poderá fornecer classificação e distância entre alguns dos principais corredores.

Etiqueta eletrônica

"Ao longo do percurso, haverá antenas e sinalizadores individuais nos calçados dos atletas", informou Berthaud.

Cada atleta tem sua própria identificação eletrônica e através do nosso sistema de computação podemos saber, durante toda a maratona exatamente o que está acontecendo.

Uma novidade olímpica é o fato de que a Omega fornece serviços virtuais de televisão. Por exemplo, na natação, uma linha sobre a piscina correspondente ao recorde mundial acompanha a prova, para sabermos se os nadadores estão próximos ou não de bater o recorde.

Os espectadores também podem ver nas raias os nomes dos atletas e as bandeiras de seus respectivos países.

É um toque de modernidade em relação aos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1932. Naquela ocasião, a Omega forneceu 30 cronômetros de alta precisão, os quais foram certificados pelo Observatório de Neuchâtel (oeste).

Vale a pena observar que nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, 185 cronógrafos foram levados de Biel para a capital alemã em uma mala transportada pelo relojoeiro da Omega, Paul-Louis Guignard, de 29 anos.

Naqueles tempos, os velocistas cavavam com pequenas pás os pontos de apoio dos pés para a largada.

Muita pressão

Enquanto muitos compreendem a pressão por que passam os participantes dos Jogos, outros não tomam conhecimento sobre o que os cronometristas oficiais estão fazendo atrás dos bastidores para que tudo funcione a contento.

"Desde janeiro de 2005, uma equipe nossa se encontra em Pequim, apoiada pelos nossos funcionários, na Suíça. Preparamos e experimentamos cuidadosamente todos os diferentes elementos de cronometragem, os resultados e a forma de distribuição desses resultados", disse Berthaud.

"Nossos funcionários são profissionais. São apaixonados por esportes e estamos muito confiantes na qualidade do trabalho que podemos oferecer".

swissinfo, Robert Brookes (Tradução de J.Gabriel Barbosa).

Cronometrista oficial

A história de Omega na cronometragem das Olimpíadas remonta aos Jogos de Los Angeles, em 1932. Em Pequim, a empresa é responsável pelos resultados oficiais de todas competições.

Proporciona serviços que incluem visualização dos resultados para os atletas e o público nos locais das competições, o tratamento e fornecimento dos resultados. Fornece também resultados oficiais a serem distribuídos pela imprensa, rádio ou canais de televisão do mundo inteiro.

Nos Jogos Olímpicos de Pequim, a Omega desempenha pela vigésima terceira vez a função de cronometrista oficial.

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Swiss Timing

Swiss Timing, do Grupo Swatch, foi fundada em 3 de julho de 1972, se bem que as companhias relojoeiras suíças, Omega e Longines, estão envolvidas com a cronometragem esportiva há a muito tempo.

Swiss Timing tem cronometrado, regularmente, os Jogos Olímpicos: Innsbruck e Montreal, em 1976, Lake Placid e Moscou em 1980, Saraievo e Los Angeles, em 1984, Calgary e Seúl em 1988, Albertville em 1992, Atlanta em 1996, Sydney em 2000, Atenas em 2004 e Turim em 2006.

Além de Pequim, em 2008, a empresa também será responsável por Vancouver, em 2010, e Londres, em 2012.

Para a Swiss Timing, atender às específicas exigências dos regulamentos, as cidades candidatas precisam investir enormes somas de dinheiro em novas tecnologias e manter um grupo de funcionários altamente qualificados.
A empresa está sediada em Corgémont (cantão de Berna) e emprega cerca de 70 pessoas.

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