Não sonoro do Senado a uma adesão à UE.
Como previsto, o Senado suíço rejeitou por nítida maioria - por 33 votos a nove - proposta sobre negociações imediatas do país visando uma adesão à União Européia. Não quer saber também de contra-projeto definindo a adesão como "objetivo estratégico".
Uma semana depois da Câmara dos Deputados, o Senado suíço debateu quarta-feira e quinta-feiras de manhã - 14 e 15 de junho - controvertida iniciativa popular (instrumento da democracia direta suíça).
Essa iniciativa lançada no embalo da aprovação pelo povo de uma série de acordos bilaterais - Suíça/União Européia - em 21 de maio, propunha que o governo iniciasse imediatamente negociações no sentido de acelerar a adesão da Suíça a esse bloco dos 15 países europeus.
Maioria do Senado era contra qualquer posicionamento da Suíça quanto à adesão. O resultado da votação - 33 votos a favor e 9 contra - revela essa atitude. Por outro lado, o Senado nem quis abordar o contra-projeto aprovado na Câmara, sete dias antes, sugerindo que a adesão fosse considerada "objetivo estratégico".
A posição do Senado é clara: antes de qualquer passo rumo à Europa é preciso analisar as conseqüências dos 7 acordos bilaterais assinados com a União Européia após 4 anos de árduas negociações. Os acordos foram aprovados pelo povo dia 21 de maio e só devem entrar em vigor no ano que vem.
A maioria dos senadores - em sintonia com a Câmara - estima que cabe ao governo decidir o momento oportuno para reativar pedido de adesão, congelado em 1992, depois que o povo rejeitou o Espaço Econômico Europeu, que previa participação suíça na então Comunidade Européia, no setor da economia.
Vale lembrar que a Suíça realiza 2 terços de seu comércio com os 15 países da União Européia.
Resta que com a rejeição da iniciativa popular - instrumento da democracia direta suíça - o tema volta à Câmara que provavelmente vai deixar a questão de molho até o ano que vem.
Aderir ou não à Europa? E principalmente quando? Essas questões devem continuar dividindo os suíços ainda por muito tempo.
swissinfo com agências.

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