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Suíça enfrenta a maior crise econômica desde 1975

Em uma previsão revisada após a pandemia do coronavírus, as autoridades federais preveem uma contração do PIB de 6,7% em 2020 e uma lenta recuperação em 2021.

Este conteúdo foi publicado em 24. abril 2020
Segundo as previsões, os suíços terão que contar cada centavo do bolso © Keystone / Christian Beutler

Na quinta-feira (23), a Secretaria de Estado da Economia (SECO) anunciou que havia ajustado as previsões econômicas para 2020 para levar em conta os eventos esportivos afetados pela pandemia. A previsão original revisada estimava que a economia se contrairia em 1,5%. O desemprego deve chegar a 3,9%, em média, ao longo do ano.

Em um comunicado à imprensa, a SECO alertou que esta seria a maior queda na atividade econômica desde 1975.

A previsão é pior do que a do BAK Economics Institute, um think tank baseado na Basileia, que no final de março previu uma queda do PIB de 2,5% em 2020.

Essa previsão é atribuída a rompimentos nas cadeias de abastecimento globais e ao número crescente de casos de Covid-19 na Suíça, que desde meados de março têm exigido medidas generalizadas de isolamento.

A previsão aponta para uma recuperação modesta com a flexibilização das restrições nos próximos meses. No entanto, as perdas de receitas devido às altas taxas de desemprego parcial e total, bem como a considerável incerteza econômica "limitarão a quantidade de terreno perdido que o consumo privado poderá recuperar no segundo semestre do ano", de acordo com o Ministério da Economia.

O aumento da dívida pública em muitos países, bem como uma nova convulsão nos mercados financeiros e no setor imobiliário suíço, também pode exacerbar os riscos. A Suíça também é fortemente afetada pela decisão de adiar os Jogos Olímpicos de 2020 e outros grandes eventos esportivos, dado o grande número de associações esportivas no país.

Não havendo mais medidas restritivas, a economia suíça deve continuar sua frágil recuperação em 2021, com previsão de crescimento do PIB de 5,2%. O desemprego deverá aumentar ainda mais para 4,1% em 2021, sendo provável que o emprego só venha a crescer o mínimo possível.

Pagamento de benefícios sociais

As medidas de isolamento para conter o coronavírus levaram a um grande aumento nos pedidos de assistência social. Nas duas primeiras semanas após o governo ter declarado uma "situação excepcional", o número de pedidos de assistência social quadruplicou.

Segundo um estudo da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique, que constatou que os mais afetados foram os trabalhadores pagos por hora, os em empregos de meio período e os autônomos.


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