Apesar de ter perdido dinheiro no Brasil e na Europa Oriental, o faturamento da Nestlé aumentou 2,2 p/cento este ano. As crises na América do Sul e no Leste Europeu foram compensadas pelo crescimento nos Estados Unidos e na Ásia.

A Nestlé espera um faturamento de aproximadamente 60 bilhões de dólares até o final do ano. Nos primeiros dez meses, o faturamento global da multinacional suíça aumentou 2,2 p/cento. O lucro líquido deve acompanhar o faturamento. O balanço parcial foi apresentado nesta quarta-feira na sede da empresa, em Vevey, na Suíça.

Segundo o presidente da Nestlé Peter Brabeck, a implantação mundial do grupo permitiu mais uma vez compensar as crises regionais como no Brasil, Argentina, paises andinos e no Leste Europeu. As vendas cairam 1,7 p/cento na América Latina e 7,7 p/cento na Europa do Leste.

No Brasil, além da perda do poder aquisitivo, a Nestlé perdeu aproximadamente 1 bilhão de dólares com a desvalorização do Real, segundo o diretor financeiro Mario Corti. A empresa não está otimista a curto prazo com a América do Sul, onde a "crise está longe de ser resolvida", afirmou Peter Brabeck.

Em compensação, as vendas na Ásia voltaram a crescer este ano ( 3,8 p/cento) e na América do Norte ( 4,9 p/cento. Na Europa ocidental ( 1 p/cento) as vendas aumentaram no Reino Unido, Espanha, Holanda e Portugal. O consumo dos produtos da empresa diminui na Alemanha, Bélgica e Suíça.

A Nestlé mantém sua estratégia de concentração nas 6 marcas mais conhecidas do grupo, reduzindo despesas de comunicação e marketing. 33 fábricas foram fechadas ou vendidas este ano.

Por produto, os resultados são acima da média do grupo no setor de água mineral ( 9,8 p/cento). A direção diz estar muito satisfeita com os novos lançamentos de água mineral no Brasil e no Paquistão. A venda de chocolates caiu 5,5 p/cento. A Nesté também está muito otimista com o lançamento em breve de Nescafé nos Estados Unidos.

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