Joalheiros brasileiros participaram da grande feira
A cidade de Basileia volta à rotina, com trams e ruas mais vazias. Ouve-se mais o baseldeutsch em vez do inglês e do francês. Terminou a Baselworld, que reuniu durante oito dias os maiores fabricantes de relógios e de joias do mundo.
Mais de 1400 expositores em estandes luxuosos e criativos. De acordo com os organizadores, 122 mil pessoas visitaram a feira – 17% a mais do que no ano passado.
Empresas brasileiras
Este ano, apenas três empresas brasileiras participaram da Baselworld: Brumani, Carla Amorim e Vianna. Todos na ala 2, chamada de marcas internacionais. O design brasileiro tem atraído o mercado mundial.
A marca Carla Amorim ocupou este ano um estande de 86 metros quadrados – no ano passado usou metade desse espaço. A mudança, provocada pelas modificações nos critérios de qualidade que a mostra passou a implementar, foi benéfica. “Tivemos de aumentar nosso espaço, mas a feira foi muito boa: fechamos novos negócios com países como Holanda e Dubai, além de negociações que começaram aqui com outros mercados”, disse Kelly Amorim. Em junho, a marca abrirá uma nova loja no Rio de Janeiro, cidade que deu nome à nova coleção exibida também em Basileia. A marca brasiliense já tem pontos de venda em São Paulo, Recife, Ribeirão Preto e Belo Horizonte.
O mercado, de acordo com Kelly Amorim, pede sofisticação e criatividade. “Apresentamos um chique brasileiro, que não é sisudo, mas é elegante e casual”, explica. De acordo com ela, o estilo de suas peças podem perfeitamente circular nas rodas do mundo moderno, que é mais descontraído. “Os homens não saem para jantar de terno e nem as mulheres de tailleurs, mas podem usar joias que acompanhem o novo estilo de vida”, diz. Na mostra, as peças variavam de 5 a 10 mil dólares.
Novos mercados
A empresa Vianna Brasil também avaliou positivamente o evento. De acordo com Ricardo Vianna, a prioridade da empresa é trabalhar a marca e a feira de Basileia tem ajudado muito nisso. “Há alguns anos temos priorizado fortalecer a marca tanto nos mercados em que já atuamos como nos novos, com um suporte ao joalheiro. Acho que temos tido bons resultados no sentido de fortalecer nossa marca no mercado internacional e por isso estamos aqui”, diz.
Para Vianna, o mercado de joalheria passa por modificações expressivas em função das crises europeia e americana. Para ele, o importante é oferecer a criatividade para superar as dificuldades. “ Temos nos colocado como uma alternativa diferente e criativa para que o joalheiro possa alavancar suas vendas nos níveis desejáveis”, explica.
Dentre as coleções exibidas pela Brumani está a Baobá. De acordo com a empresa, muitas aquarelas de Antoine de Saint-Exupéry, autor de “O pequeno príncipe”, teriam sido inspiradas na árvore de origem africana Baobá. A coleção é apresentada em quatro versões e as peças utilizam água-marinha, rubis, turmalinas rosa, diamante, entre outras pedras preciosas.
De acordo com os expositores brasileiros, a Baselworld ainda é a melhor vitrine para que suas peças brilhem em novos mercados.
Novo espaço
Além de mostrar ao público as novas tendências da joalheira internacional, a mostra de Basileia inaugurou a reformulação do centro de eventos da cidade – um investimento de 430 milhões de francos.
A reforma, que começou há cinco anos, integra toda a área de exposição com funcionalidade e estética, modificando o visual da Messeplatz. Uma grandiosa estrutura metálica entrelaçada e moderna tornou-se o novo cartão de visitas arquitetônico da cidade à beira do Reno.
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