A família do ditador filipino Ferdinand Marcos não pode alegar a prescrição para impedir a devolução de dinheiro às Filipinas. A decisão é do Supremo Tribunal suíço, rejeitando o recurso nesse sentido de um empresário filipino.

A decisão do Tribunal Federal suíço, mais alta instância do Judiciário, reforça o combate contra o dinheiro ilícito em bancos suíços. Negando o direito à prescrição no caso da família Marcos, os juizes supremos afirmam o princípio de que dinheiro publico roubado poderá ser devolvido sempre.

O caso Marcos é o mais antigo ainda pendente na justiça suíça. Contas bancárias do ditador e sua família foram bloqueadas em 1986, quando da fuga de Marcos das Filipinas. A longa batalha jurídica do governo das Filipinas para reaver o dinheiro provocou até mudanças na legislação suíça.

Rastreadas todas as contas, foram encontrados 635 milhões de dólares em bancos suíços. Até agora, 630 milhões já foram devolvidos, segundo o juiz Dieter Jann, de Zurique, encarregado do caso. Ele prevê, no entanto, que, apesar do julgamento do Tribunal Federal, haverá outros recursos e o caso Marcos ainda poderá tempo para ser concluído.

Swissinfo com agências.

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