Delegado suíço à reunião da UNCTAD critica Ricúpero
O secretário da UNCTAD, o brasileiro Rubens Ricúpero, exagera quando fala da conferência da entidade em Bancoc, a partir de sábado, como de um "Parlamento da globalização", afirma delegado suíço à reunião. É o que revela reportagem do jornal "La liberté.
O secretário geral da UNCTAD, Rubens Ricúpero, vê nessa "primeira grande reunião do milênio um "Parlamento da globalização". Não é essa a opinião do delegado suíço, Laurent Guye. Guye argumenta que neste ano serão realizadas eleições presidenciais nos Estados Unidos. E enquanto não se definir quem vai ocupar a Casa Branca o debate sobre a globalização ficará emperrado. Estima també que não se poder esperar "mundos e fundos" da conferência de que participam os 190 países membros da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento).
Em entrevista ao jornal La Liberté de Friburgo, o delegado suíço lembra que a entidade não tem nenhum poder de legislar fora de seu plano quadrienal. E “praticamente 95 por cento do plano já foi aceito por consenso pelos países membros”.
Na mesma reportagem, Laurent Guye afirma que a Suíça vai insistir na luta contra a corrupção que considera “uma condição quase primordial para o desenvolvimento de países mais pobres”. E lembra que alusões ao que os anglosaxônicos chamam de “good governance” têm irritado o Grupo dos 77 (a que pertence o Brasil), reunindo os mais pobres e o emergentes que não apreciam essa discussão em foro da ONU. Realça também que a corrupção é um dos problemas que freiam os investimentos. Mas admite que o problema existe igualmente nos países ricos.
Outro tema em que a Suíça vai insistir em Bancoc é “transparência nas contas da UNCTAD”.
A conferência vai de 13 a 19 deste. (gb)

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