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Falece o escultor Schang Hutter

Keystone / Gaetan Bally

Uma das suas instalações tratava do Holocausto. Outras ressaltavam o sofrimento da humanidade. O escultor suíço Schang Hutter faleceu aos 86 anos de idade.

Este conteúdo foi publicado em 17. junho 2021 minutos
Keystone-SDA/dos

Jean Albert (Schang) Hutter nasceu em 1934 no cantão de Solothurn (norte). Depois de se formar em belas artes em Berna, viveu em Munique, Varsóvia, Hamburgo, Berlim e Gênova.

Hutter e uma das suas esculturas, em 2002. Keystone / Christof Schuerpf

A experiência do artista suíço em Munique moldou o estilo das esculturas que o tornaram conhecido. Embora tivesse viajado à cidade alemã com o objetivo de esculpir figuras femininas, ficou impressionado com a devastação do pós-guerra:

"A violência e seus efeitos eram diretamente tangíveis e visíveis", declarou posteriormente. "Essa experiência, dos quais os suíços foram poupados, se tornaram uma característica constante nos meus pensamentos."

Da série "Traços humanos: nem anjo ou besta" (1998). Keystone / Peter Lauth

Dentre as esculturas, destaca-se "O prisioneiro definhando". Segundo o artista, ela inspirada pela imagem de um prisioneiro de campo de concentração que desmaiou e morreu exatamente na chegada das tropas liberadoras.

Em 1998, sua escultura "Shoah" foi colocada frente ao Parlamento federal Berna e depois removida por um grupo de ativistas de direita.

A obra dedicada ao Holocausto instalada frente ao Parlamento suíço em 1998. Keystone / Juerg Mueller

Em 2008, para o 90º aniversário da Greve Geral, Hutter também criou uma escultura que foi instalada na sua cidade natal, Solothurn. Foi o primeiro monumento na Suíça a celebrar o movimento dos trabalhadores de 1918.

Hutter disse que sua obra tinha por fim mostrar "o que os humanos têm que suportar como resultado da ação de outros".

Adaptação: Alexander Thoele

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