Cresce ajuda a vítimas na Suíça
Sessenta e cinco centros de ajuda deram apoio à 21.000 vítimas de violência. Esta ocorre em grande dentro do próprio lar.
Dois terços delas são mulheres e a metade tem menos do que trinta anos. Ao todo, o Estado gastou 10 milhões de francos suíços apoiando as atividades dos grupos de assistência.
O estudo foi publicado nessa quinta-feira pelo Departamento Federal de Estatística (OFS). Ele mostra que houve um crescimento da violência doméstica na Suíça. "No ano passado foram identificados 21 mil casos de apoio dado a pessoas vítimas de agressões, o que representa um aumento de 25% em comparação com os números do ano passado", escrevem os pesquisadores.
Violência ocorre em casa
Segundo a OFS, os casos de violência ocorrem quase sempre dentro da própria residência. Dois terços das vítimas são mulheres e a metade tem menos de 30 anos.
As vítimas de violência procuram o contato com uma das diversas organizações de apoio que existem na Suíça. Depois do aconselhamento, metade dos casos acaba indo para a polícia e é registrada posteriormente como queixa.
Abuso sexual
Dentro os motivos mais comuns, que levam uma pessoa a procurar o aconselhamento, é o abuso sexual (36% dos casos). Metade deles é contra crianças. Outro caso comum é a violência caseira.
O tipo e duração do apoio dados pelos centros são variados e depende da necessidade apresentada por cada vítima. Normalmente ela recebe aconselhamento jurídico, psicológico e social. Porém existe também a possibilidade que a pessoa atingida seja encaminhada para centros de emergência, o que ocorre freqüentemente com mulheres que são espancadas ou ameaçadas por seus maridos.
Desde 1993 a Lei de Ajuda às Vítimas está em vigor na Suíça. Ela prevê aconselhamento, indenização e proteção às pessoas vítimas de violência. Ao todo, o Estado gastou 10 milhões de francos suíços apoiando as atividades dos grupos de assistência.
swissinfo/Alexander Thoele
Breves
- 65 centros de atendimento às vítimas de violência na Suíça.
- 21 vítimas foram atendidas em 2001.
- Dois terços delas são mulheres.
- Os casos ocorrem em grande parte no próprio lar.

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