Roche trabalha "24 horas por dia" para fornecer teste para coronavírus
Depois de obter a autorização para implantar seu teste de diagnóstico do coronavírus, a gigante farmacêutica suíça Roche diz que está trabalhando 24 horas por dia para suprir a fortíssima demanda.
Na sexta-feira passada, o mundo recebeu um pouco de esperança na luta para conter a propagação da Covid-19, que deixou poucos países ilesos. A US Food and Drug AdministrationLink externo concedeu a autorização de uso de emergência para o chamado "cobas SARS-CoV-2 Test", tornando-o o primeiro teste de diagnóstico comercial para o coronavírus.
Com esta designação e a marca CE semelhante para diagnóstico in vitro na Europa, o novo teste pode ser implantado em hospitais e laboratórios nos EUA e Europa - oferecendo o potencial para aumentar a escala de testes em massa.
Ao contrário dos testes existentes, o CEO da Roche, Severin Schwan, disse à televisão pública suíça SRF que o sistema é altamente automatizado, o que irá "reduzir a pressão sobre o sistema de saúde".
O teste detecta a assinatura genética (RNA) do SRA-CoV-2 usando uma amostra nasal ou da garganta. A amostra é enviada para um laboratório equipado com o teste e o sistema cobas 6800 ou 8800, que é fabricado em Rotkreuz, a menos de uma hora de Zurique.
Schwan disse que o sistema pode realizar mais de 4000 testes por dia. Os resultados estão disponíveis em 3 horas e meia, tornando-o dez vezes mais rápido do que o atual teste da empresa.
Em uma declaração à imprensa, a Roche disse que seus sistemas cobas 6800/8800, que parecem impressoras gigantes, estão "amplamente disponíveis". Um porta-voz da Roche recusou-se a comentar quantos existem, ou onde eles estão, exatamente. A empresa espera fornecer cerca de 400.000 testes por semana nos EUA e mais de três milhões em todo o mundo.
"A Roche está comprometida em entregar o maior número possível de testes e está indo até os limites da nossa capacidade de produção", declarou a empresa. De acordo com um porta-voz da Roche, os testes serão distribuídos com base em onde eles podem ter o maior impacto para o paciente e para a sociedade.
A empresa também se absteve de comentar o preço, afirmando que "a prioridade é tornar os testes disponíveis para quem precisa".

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