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Um novo conselho, votos e críticas aos bancos

A sessão do Conselho dos Suíços do Estrangeiro (CSE), que se realizou na sexta-feira (18.08) na Basileia, reuniu 116 delegados oriundos de todas as partes do mundo. Ao mesmo tempo foram eleitos os novos membros para a legislatura de 2017 a 2021. Em votação, os membros apoiaram o projeto de reforma governamental da previdência social, o projeto AVS2020 e também criticaram a política dos bancos suíços para os suíços do estrangeiro. 

Este conteúdo foi publicado em 18. agosto 2017
Delegados do Conselho dos Suíços do Estrangeiro (CSE) discutindo durante os debates organizados no plenário do Parlamento cantonal da Basileia. Adrian Moser/ASO

Reunidos no plenário do Parlamento cantonal da Basileia, os delegados do CSE, eleitores pelos suíços do estrangeiro nas diferentes comunidades espalhadas pelo mundo, debateram durante todo o dia questões de interesse desse grupo de aproximadamente 775 mil suíços que vivem além das fronteiras. Uma novidade da sessão foi a escolha de delegados através do voto eletrônicos (ver box).

Voto eletrônico 

Entre 12 e 27 de junho, suíços do estrangeiro inscritos nos consulados na Austrália e no México tiveram a possibilidade de votar através da internet em representantes para o Conselho dos Suíços do Estrangeiro. 

No México votaram 274 suíços, dos 3.934 registrados nas representações diplomáticas. A participação foi de 7%. 

Na Austrália foram 1.104 dos 14.850 suíços registrados, o que correspondeu a uma participação de 7,5%.

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Na votação, o conselho elegeu os deputados-federais Laurent Wehrli (Partido Liberal) e Claudio Zanetti (Partido do Povo Suíço) como novos membros do interior para o comitê da Organização dos Suíços do Estrangeiro.

Protestos contra os bancos 

A Organização dos Suíços do Estrangeiro (OSE) considera que os bancos suíços tratam os suíços do estrangeiro como cidadãos de segunda classe. swissinfo.ch questionou alguns dos membros do Conselho dos Suíços do Estrangeiro, presentes na sessão na Basileia, e também seguidores da swissinfo.ch no Facebook sobre a questão. Aqui estão algumas das respostas


Tom Neidecker, EUA

"Desde os anos 1990 percebo a dificuldade crescente de lidar com os bancos suíços. Em 2008 fui informado por um desses bancos que não me queriam mais como cliente e então me recomendaram procurar outra instituição especializada em gestão de fortunas para suíços do estrangeiro. Porem eles só aceitam clientes com grandes fortunas. Então me senti atingido pelo problema como outros. Mas os abonados têm menos problemas com os bancos. Eu estou decepcionado com essa política discriminatória e defendo que o banco dos Correios Suíços  (Postfinance) seja obrigado a oferecer serviços financeiros aos suíços do estrangeiro, sob condições aceitáveis."

Elisabeth Michel, Alemanha

"Temos um problema concreto com os bancos suíços. Muitos suíços do estrangeiro nos informam que seus fundos de pensão se recusam a transferir o dinheiro das aposentadorias ao exterior. E como os bancos aumentam constantemente suas tarifas, devemos fazer atenção. Nos países da Europa do Leste isso é até mais difícil."

Ivo Dürr, Áustria

"Eu sou cliente de um pequeno banco regional, que aumentou consideravelmente suas tarifas. Minhas duas filhas tem uma poupança volumosa alimentada pela avó. Quando completaram 18 anos, elas receberam uma carta dizendo que a contas seriam fechadas. O maior problema é que cada banco tem uma política diferente."

Francesco, Brasil (via Facebook)

"Meu banco suíço fechou em 2016 a minha conta, pois eu vivo no Brasil. Por isso fui obrigado a abrir uma conta aqui para poder receber a minha aposentadoria."

Sabine Silberstein, Cingapura

"Cada um dos meus três filhos tem uma poupança alimentada pelos seus avos. Quando completaram 18 anos, o banco lhes comunicou que as contas custariam 40 francos por mês. Eles sempre recebiam mensalmente 100 francos dos avós. Você só precisa calcular que não havia outra solução, a não ser fechar a conta. Muitas pessoas na Ásia têm problemas com os bancos. Uma pessoa me contou que ele, deficiente físico com dificuldades para caminhar, teve de viajar pela quarta vez à Suíça para abrir a conta em outro banco."

Valentin, Tailândia (via Facebook)

"O Parlamento só faz ar quente nessa questão. Ele é indiferente aos suíços do estrangeiro, apesar de esse grupo corresponder a 10% da população. É um absurdo que não pensem além das fronteiras suíças."

Dominique, França

"Como eu tinha apenas algumas centenas de francos na conta, a pequena soma que economizei como estudante estaria consumida em um ano. Assim fechei a minha conta. Para mim é como se fosse uma piada, mas que na verdade trata-se de um absurdo."

Silvia Schoch, Canadá

"Eu sou delegada oriunda do Canadá. Uma senhora de 70 anos me contou que o seu tio lhe abriu uma conta na Suíça quando tinha vinte anos. Com vinte cinco emigrou. Ha pouco essa conta foi fechada. Ela entrou com recurso, mas não obteve sucesso. Agora está sem conta."

Monika (via Facebook)

"Por mais de sessenta anos tive uma conta no banco Raiffeisen. Repentinamente escutei que, devido aos novos acordos com outros países, os bancos tinham mais trabalho com as contas dos suíços do estrangeiro e, dessa forma, precisavam elevar as taxas administrativas. O banco ficou aliviado quando decidir fechar a minha conta. Espero que o Conselho dos Suíços do Estrangeiro consiga fazer algo durante o seu encontro na Basileia."

Trudy, Hungria (via Facebook)

"O banco Postfinance cancelou nossos cartões de credito. Pelo menos a conta conseguimos manter, mas infelizmente, com taxas elevadas. Assim transferi tudo para a minha filha que está na Suíça."

Cooperação entre a OSE e a swissinfo.ch

A Organização dos Suíços do Estrangeiro (OSE) reforça, através de um novo acordo, a cooperação editorial com o portal de informações swissinfo.ch. Objetivo: melhor informar os aproximadamente 775 mil suíços que vivem atualmente fora das fronteiras do país.

Dentre as medidas propostas: mais intercâmbio de conteúdo entre a swissinfo.ch e a revista "Schweizer Revue", o órgão de comunicação da OSE publicado em alemão e francês. Além disso, ações de relações públicas em eventos especiais assim como feriados nacionais. A independência das duas publicações permanece inalterada.

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