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Locarno, seu clima, suas atrações

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Uma cidade às margens do lago Maggiore no pé de altas montanhas, com ar puro e conhecida pelo festival de cinema. Foi assim que jornalistas da redação de língua portuguesa da Rádio Suíça Internacional (RSI) descreveram Locarno em 1977. E para isso entrevistaram algumas celebridades, dentre elas o diretor brasileiro de cinema, Nélson Pereira do Santos. 

Este conteúdo foi publicado em 11. junho 2019

Os programa de quase uma hora, narrado pelos locutores Tarcísio Lage, Wilson Roberto Reganelli, Gabriel Barbosa e Yvone Amaral, conta muitas histórias de Locarno, uma cidade alpina cheia de mansões de "ricaços alemães, ensolarada, florida e beneficiada com clima ameno, excelente para a saúde, justamente por suas qualidades terapêuticas". 

Em 2019, a Secretaria de TurismoLink externo apresenta Locarno como um dos espaços turísticos mais conhecidos da Suíça, alpina, mas também tropical pelas palmeiras e localização geográfica, ao sul dos Alpes.

De fato, por suas características, a região atraiu, por exemplo, muitos industriais alemães que lá construíram bangalôs. Mas Locarno oferecia também boas condições de férias para pessoas sadias. Até hoje se pratica natação no Lago Maior ou esqui no Monte Cimetta. Alguns turistas preferem simplesmente apreciar a tranquilidade dos vales e a gastronomia local, em particular nos chamados “grottos”, bares rústicos que oferecem pratos regionais e o vinho do Ticino. 

O evento cultural mais importante da cidade é o Festival Internacional do FilmeLink externo, realizado em agosto. Ele visa "descobrir novos valores, promover o cinema-arte", geralmente produzido fora dos esquemas comerciais.

No microfone, Nelson Pereira dos Santos declarou ser este evento "o mais democrático" pela ausência "das grandes companhias de distribuição" e pelo contato fácil entre realizadores, críticos e, em geral, as pessoas interessadas em cinema. Osvaldo Caldeira destacou o fato de o evento acentuar o "aspecto cultural" e ser "menos comercial" que os grandes da Europa e ainda "dar importância aos realizadores jovens", quer dizer, "de poucos filmes".

José Carlos Avelar realçou que Locarno se preocupava em "provocar uma discussão de caráter cultural e não uma discussão de mercado", ou seja, o oposto de Cannes, pois há uma "diferença de proposta". Cannes, acrescentou durante à entrevista, está voltado para o realizador conhecido, para o grande produto comercial. "Locarno está endereçado a cineastas iniciantes, não consagrados, e serve também como ponto de encontro para novos cineastas."

Outros eventos da cidade são, na primavera, a Festa das FloresLink externo e, em fevereiro, o CarnavalLink externo, com crítica mordaz dos costumes e, ainda, a "Festa do RisotoLink externo". Para os suíços que vivem ao norte dos Alpes, Locarno e suas redondezas representavam (e o representam até hoje) "o toque mediterrâneo do país, com um clima subtropical seco". Os vales e montanhas da região são considerados uma das atrações turísticas do país. Aliás, Locarno é uma cidade acidentada, espremida entre montanhas e o lago.

A Madonna del Sasso domina a cidade

Um trem de montanha leva o ouvinte de Locarno ao monte CimettaLink externo, a quase 1700 metros acima do nível do mar. Nos vales, "muito interessantes para os turistas", declarou na época Marlene Sorghi, "há muitos vilarejos típicos". Na região existem muitas "bandelas" que tocam música típica do cantão. A brasileira elogiou o esforço que se fazia para conservar a arquitetura da cidade. 

O castelo medieval foi transformado em museu. Há uma igreja de São Francisco de 1538, uma igreja dedicada a Nossa Senhora, do século 14 e uma outra igreja do século 12. O programa conta um pouco de história da cidade e da região. Assim, a palavra "Locarno" viria do céltico, significando 'lugar sobre água'. O lugar teria sido uma estação de férias romana e atraído nobres lombardos na Idade Média.

Locarno (WikipediaLink externo) foi sacudida pelas guerras de religião do século 16. A cidade, que chegou a dividir com Lugano e Bellinzonna a honra de ser a capital do Ticino, foi palco do "Tratado de Locarno", de 1925, tinha em 1977 pouco mais de 15 mil habitantes (16 mil, em 2017).

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