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Polícia e militares dispersam protesto contra governo na Bolívia

Apoiadores do ex-presidente boliviano Evo Morales gritam slogans durante uma manifestação em Cochabamba afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 19. novembro 2019 - 13:19
(AFP)

Policiais e militares reprimiram, nesta segunda-feira, um protesto que reuniu milhares de camponeses plantadores de coca em Cochabamba, que exigem a volta à presidência de seu líder Evo Morales, exilado no México.

Enfurecidos com a morte de nove manifestantes supostamente baleados por policiais, seguidores de Morales - com whipalas (bandeira indígena) e bandeiras da Bolívia - tentaram entrar na cidade de Cochabamba a partir da vizinha Sacaba, mas foram violentamente reprimidos.

Uma equipe da AFP viu policiais de choque lançando bombas de gás lacrimogêneo e avançando com um blindado para dispersar a multidão, que atirava pedras contra as forças da ordem.

Em seu recuo, os camponeses atearam fogo a barricadas que haviam erguido na estrada.

Ao menos sete manifestantes foram detidos por militares de moto e um ficou ferido na cabeça, ao que parece por uma pedrada.

Atrás da polícia de choque havia militares armados com fuzis de assalto.

O protesto exigia a saída da presidente interina, Jeanine Áñez, e foi dissolvido após várias horas de tensão.

"Aqui ninguém tem armas, mas nos encheram de gás", disse Ronald Cruz, 37 anos.

"Vamos seguir tentando chegar (a Cochabamba) até conseguir. Aqui ninguém se rende", disse Cruz em meio a multidão que se concentrou na estrada para Cochabamba.

Morales tentou a reeleição no pleito de 20 de outubro, mas a oposição denunciou fraude - o que em parte foi avalizado por denúncias de irregularidades da OEA -, dando origem a uma crise que repercutiu nas ruas, levando-o a renunciar, após perder o apoio dos militares e da Polícia.

Desde então, a Bolívia ficou rachada e em um mês de protestos, somam-se 23 mortos. Morales, asilado no México, se considera vítima de um golpe de Estado e sua sucessora prometeu pacificar o país e convocar eleições.

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