EUA pedem que não haja 'coerção' em disputas pela liderança no Iraque
Os Estados Unidos reiteraram nesta terça-feira suas advertências para o recurso à "coerção" na crise política que afeta o Iraque, no momento em que o primeiro-ministro Nuri al-Maliki tenta se manter no poder.
"Rejeitaremos qualquer tentativa legal ou não de obter resultados através da coerção ou da manipulação dos procedimentos constitucionais ou judiciais", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf.
"Há um procedimento constitucional em andamento, que nós apoiamos", declarou Harf a jornalistas.
O presidente Barack Obama deu seu apoio ao primeiro-ministro designado, Haidar al-Abadi, após criticar Maliki, a quem acusou de contribuir com a atual crise no país por ter deixado a minoria sunita fora do processo decisório.
Maliki denunciou a nomeação de Abadi como uma violação da constituição e responsabilizou os Estados Unidos.
Mas as chances do atual premiê são cada vez menores, já que ele perdeu o importante apoio do governo xiita do Irã e se mostrou incapaz de impedir o avanço dos jihadistas sunitas do Estado Islâmico (EI), que ocupam amplas regiões do país.