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Denunciada na Argentina sabotagem e perda de 400 doses da vacina Sputnik V

Nesta foto de 29 de dezembro de 2020 da agência Telam, trabalhadores de saúde distribuem frascos da vacina russa contra a covid-19 Sputnik V na província de Buenos Aires afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 05. janeiro 2021 - 01:10
(AFP)

Quatrocentas doses da vacina Sputnik V contra o novo coronavírus, com a qual a Argentina iniciou a imunização, tiveram que ser descartadas após perder a cadeia de frio, informaram nesta segunda-feira (4) autoridades de saúde, que denunciaram uma suposta sabotagem.

"Na madrugada desta segunda-feira foi registrada uma sabotagem no Hospital provincial de Oncologia Luciano Fortabat, da cidade de Olavarría, devido à perda da cadeia de frio de 400 doses da vacina Sputnik V por fatos de extrema gravidade", destacou o ministério da Saúde da província de Buenos Aires em um comunicado de imprensa.

O episódio ocorreu na cidade de Olavarría, 350 km a sudoeste da capital argentina.

"Ficou em evidência uma série de fatos irregulares graves: foi cortada a transmissão da câmara de segurança que enfoca o freezer às 02H50 da madrugada e não voltou a ter conexão. Também houve movimentos estranhos ao redor do hospital", disse Ramiro Borzi, diretor da Região Sanitária IX, com jurisdição em Olavarría.

Borzi disse não descartar "que tenha sido uma ação intencional".

"Estávamos com muitíssima expectativa e nos deparamos com isto que não sabemos bem o que foi, se é uma sabotagem ou um boicote, mas estamos acionando judicialmente para avançar na investigação", disse.

A Argentina começou na terça-feira da semana passada sua campanha de vacinação contra a covid-19 com a aplicação da vacina Sputnik V, elaborada pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya, da Rússia.

A campanha começou simultaneamente em todo o país e tem como prioridade a vacinação voluntária do pessoal sanitário.

Em 24 de dezembro, chegaram ao país as primeiras 300.000 doses da vacina, autorizada "com caráter de emergência" pelo ministério da Saúde.

Destas doses, 123.000 foram distribuídas na província de Buenos Aires, o maior distrito, onde vivem 17 milhões dos 44 milhões de argentinos e que não inclui a cidade autônoma de Buenos Aires.

O acordo com a Rússia compreende outras 19,7 milhões de doses entre janeiro e fevereiro, com opção de compra de mais cinco milhões. A Sputnik V prevê uma segunda dose, a ser aplicada 21 dias após a primeira.

Em meio a uma polêmica sobre o uso de uma vacina que está na fase 3 de pesquisa, circulam informações falsas sobre supostos efeitos adversos graves da vacina e inclusive lhe foi atribuída a morte de um cabo do Exército, que não foi inoculado, segundo verificou a AFP Factual.

A Argentina registra desde março passado mais de 1,6 milhão de contágios e superou as 43.600 mortes por covid-19.

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