O presidente suíço e ministro dos Transportes, Maurice Leuenberger, está na Alemanha nesta segunda-feira (23.4) para tratar de uma questão delicada. O acordo sobre o tráfego aéreo na região de Zurique que a Alemanha não quer renovar.

Para as operações de pouso e decolagem no aeroporto internacional de Zurique-Kloten, o maior da Suíça, parte dos aviões voam à baixa altitude em território alemão, do outro lado da fronteira.

Esse tráfego é regido por um acordo bilateral desde 1984 e expira em 31 de maio próximo. Acontece que a população alemã da região é cada vez mais hostil a esse acordo e pressiona o governo alemão que decidiu, por sua vez, pressionar o governo suíço, impondo novas condições para renová-lo. Também em maio, o governo suíço tem de renovar a concessão de funcionamento do aeroporto.

Além da negociação política, a Suíça tem duas outras possibilidades: entrar na justiça alemã ou submeter o problema à artitragem da Organização Internacional da Aviação Civil (OIAC).

A Federação suíça de Aviação Suíça (Aerosuisse) pede firmeza ao governo e julga a posição alemã "inaceitável e discriminatória".

A questão do aeroporto é apenas uma exemplo do grau de interdependência econômica entre os dois países. A Alemanha é o principal parceiro comercial da Suíça, com volume três vezes superior ao do segundo parceiro, a França.

No ano passado, as exportações suíças para a Alemanha totalizaram quase 17 bilhões de dólares (+ 9,9%) e as importações suíças da Alemanha mais de 23 bilhões (+8,9%). Mais de 1.700 empresas alemãs têm filiais na Suíça 1.900 empresas suíças estão presentes na Alemanha.

swissinfo com agências

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