O desemprego cresce na Suíça em fevereiro. No final do mês, 142.023 pessoas estavam sem ocupação.

Essa é a maior taxa desde maio de 1998. Pesquisa de universidade suíça mostra que a recuperação da economia depende do aumento das exportações.

As incertezas na economia mundial estão refletindo na conjuntura suíça. Se em janeiro o desemprego já estava em 3,8%, um nível considerado elevado para um país acostumado com a ocupação plena, em fevereiro ele passou para 3,9%. Segundo a Secretaria Federal da Economia, 142.023 suíços estão no momento sem trabalho, ou seja, um aumento de 3.079 desempregados em comparação com os números de janeiro.

Recuperação de economia depende das exportações

Uma pesquisa da seção de estudos conjunturais da Escola Politécnica de Zurique (ETH Zürich) mostra que a recuperação da economia suíça depende muito mais do aumento das exportações, do que do mercado interno. Porém a atual situação econômica no mundo, não traz muitas esperanças de que ocorra rapidamente uma reviravolta na conjuntura. "Pela primeira vez, desde 1973, as três maiores regiões econômicas - a Europa, os Estados Unidos e o Japão - estão em crise", explica Bernd Schips, diretor da seção de pesquisas conjunturais na ETH Zurique.

Na opinião dos especialistas, as empresas estão apenas aguardando sinais positivos da economia para iniciar com os investimentos já planejados. "A redução da taxa de juros por parte do Banco Central da Suíça (SNB) não terá um grande efeito sobre a economia, porém a promessa de que a instituição não deixará que o franco suíço se valorize ainda mais traz mais confiança para o mercado", afirma Schips.

Empresas querem volta a investir em 2003

Depois da queda no nível de investimento das empresas suíças nos últimos dois anos, há sinais de que a situação esteja melhorando. Uma pesquisa realizada com 5600 empresas mostra que elas tem mais dinheiro para investir em 2003. Porém, ao mesmo tempo, a insegurança frente aos rumos que a economia mundial irá tomar nos próximos meses aumentou. Isso significa que as empresas podem acabar investindo menos, caso a estagnação econômica continue.

Segundo os pesquisadores da ETH de Zurique, mais de 70% dos investimentos planejados ocorrerá no setor de serviços.

swissinfo com agências

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