Há uma concordância de opiniões de que os jogos de bola, universalmente praticados, são cultos solares simbólicos. A bola figura, de fato, essa esfera de vida e de fecundidade que se precisa conquistar e apropriar-se. A bola-sol, a bola-centro-do-mundo torna-se, então, um laço sagrado e supremo em torno do qual se organiza uma invisível cosmogonia, uma batalha ritual.

Todos os jogos antigos de bola, que o objeto fosse de couro, bambu, tecido ou borracha, tem um significado simbólico forte, ligado ao culto do Sol, por associação ao globo solar que se desloca no céu, o reino dos deuses.

Philippe Villemus, Le Dieu football (Ed. Eyrolles 2006)

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